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 | 29/10/2008 22h47min

"Vamos consertar o país e mudar o mundo", diz Obama em propaganda na TV

Anúncio do democrata pode ter custado até US$ 5 milhões

Atualizada às 22h54min

Foi exibido nesta noite desta quarta o programa do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama. Ele comprou o horário nobre por meia hora nesta quarta. As informações são do G1. Em formato de documentário com música de fundo e tom épico, Obama tratou de alguns dos temais mais relevantes da disputa eleitoral, sempre fazendo uma correlação com casos reais de famílias americanas. E prometeu, caso seja eleito:

— Vamos consertar o país e mudar o mundo — disse o candidato.

— Nunca esquecerei que quando mandar soldados para a guerra, estou mandando filhos, maridos e pais americanos — disse, alegando que se empenharia na manutenção da segurança nacional dos Estados Unidos e continuaria a luta contra o terrorismo no Afeganistão.

— Precisamos parar de falar em mudança, e começar a fazer a mudança — disse o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos no início do anúncio publicitário de 30 minutos, que começou a ser transmitido às 22h (horário de Brasília) em três dos principais canais de TV aberta de todo o país.

A propaganda começou mostrando casos reais de famílias norte-americanas que estão sofrendo com a atual crise financeira. O anúncio foi transmitido em três das quatro cadeias de televisão em aberto, CBS, NBC e Fox, assim como no canal a cabo MSNBC, a rede em espanhol Univisión e dois canais orientados a uma audiência afro-americana: BET e TV One. 

O anúncio, que coincide com o 79º aniversário da terça-feira negra em Wall Street, que desencadeou a Grande Depressão dos anos 30, intercalou imagens de Obama com declarações de cidadãos sobre a situação econômica.

O Campaign Media Analysis Group, um centro que analisa a publicidade eleitoral, calcula que o custo do espaço pode rondar os US$ 5 milhões, enquanto o diário USA Today fala em US$ 3 milhões. Para Dianne Bystrom, professora da Universidade de Iowa, este "último e chamativo" esforço midiático por parte da campanha de Obama não faz mais que demonstrar sua "superioridade financeira".

— Mostra que ele ainda tem dinheiro para gastar — comentou Dianne, que frisou ainda que a reportagem pode ajudar a convencer alguns indecisos e a mobilizar todos os eleitores, entre eles muitos jovens, de que Obama é o melhor candidato.

Com grande habilidade para arrecadar pequenas doações através da internet, o democrata está no caminho de gastar US$ 250 milhões em publicidade desde que assegurou a candidatura em junho, o que supera o ritmo de despesa publicitária de empresas como McDonald's e Wal-Mart.

O número supera os US$ 188 milhões que o atual presidente, George W. Bush, gastou em sua reeleição em 2004. A despesa publicitária de McCain é muito inferior tanto em nível nacional como em alguns Estados-chave.

A agência de medição de audiências Nielsen assinala, por exemplo, que o número de anúncios de Obama em Colorado, Flórida, Geórgia, Missouri, Ohio, Pensilvânia e Virgínia é 150% ao de McCain. O republicano tentará enfrentar parte do protagonismo de adversário esta noite, com uma entrevista para o renomado apresentador da CNN Larry King. Com informações da agência EFE.

 
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